Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, maio 08, 2006

O problema do Expresso

O Expresso tem um problema grave - que o SOL não deixará de aproveitar: é provavelmente o jornal mais influente, mas é mais temido do que respeitado; é mais odiado do que admirado;
E um jornal não conseguirá viver muito tempo assim - lembram-se de um jornal chamado O Independente?

Existe uma má-vontade generalizada relativamente ao Expresso - resultado talvez da velha máxima quem com ferros mata com ferros morre (a arrogância do líder, a sobranceria da distância, o desprezo do poder absoluto...).

O problema não é de agora, mas nunca como agora o Expresso tem dado argumentos aos seus detractores - as notícias da primeira página estão na primeira linha (ainda esta semana se lia «Benfica reage a notícia do Expresso», num direito de resposta).

O que se passou este fim de semana com a manchete de Freitas do Amaral é - do meu ponto de vista - um exemplo acabado da má-vontade que existe.

A manchete é «Freitas cansado no MNE» e retrata fielmente (com a técnica de síntese da tituleira) o que disse o ministro dos Negócios Estrangeiros na entrevista. Se fosse «Freitas cansado do MNE» seria uma coisa muito diferente. Mas não é. Parece-me que Henrique Monteiro tem razão no comentário que fez. Mas o problema é muito mais grave do que parece: uma operação de relações públicas dava jeito, mas, claro, a montante estão as próprias notícias da primeira página do Expresso (independentemente deste caso).

PS - Mais, o erro foi de Freitas.
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