Patriotismo e jornalismo
Nicolau Santos elogia, no Expresso do último sábado, «o posicionamento da imprensa e dos jornalistas espanhóis quando está em causa aquilo que é considerado o interesse nacional: um apoio sem reservas externamente, o que não invalida que tudo se discuta internamente», para criticar o artigo do Público sobre os direitos humanos em Angola durante a visita de Sócrates.
Não sei se a situação descrita no Público é ou não notícia (Nicolau diz que não, que está muito melhor do que antes, e José Manuel Fernandes não respondeu), mas discordo que o interesse nacional se possa sobrepor à possibilidade de escrever de acordo com critérios editoriais.
Por outras palavras, recuso que o patriotismo se sobreponha ao jornalismo. Se mesmo em casos de guerra ou desastres graves, esse patriotismo só serve para difundir a posição oficial e esconder outras realidades, num caso discordo que se diga que o artigo «é contrário ao interesse nacional».
(PS - por coincidência, o Clube de Jornalistas que vai para o ar esta semana é sobre jornalismo e patriotismo, a partir da adesão à selecção nacional, em véspera do Mundial de Futebol)
Não sei se a situação descrita no Público é ou não notícia (Nicolau diz que não, que está muito melhor do que antes, e José Manuel Fernandes não respondeu), mas discordo que o interesse nacional se possa sobrepor à possibilidade de escrever de acordo com critérios editoriais.
Por outras palavras, recuso que o patriotismo se sobreponha ao jornalismo. Se mesmo em casos de guerra ou desastres graves, esse patriotismo só serve para difundir a posição oficial e esconder outras realidades, num caso discordo que se diga que o artigo «é contrário ao interesse nacional».
(PS - por coincidência, o Clube de Jornalistas que vai para o ar esta semana é sobre jornalismo e patriotismo, a partir da adesão à selecção nacional, em véspera do Mundial de Futebol)
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