Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, junho 21, 2006

(ACTx2) Algumas notas sobre a proposta de Estatuto do Jornalista

1) Faz falta uma definição mais rigorosa do acto jornalístico (um relato de futebol é ou não um acto jornalístico?). A formulação actual é muito vaga;
2) Da mesma forma que um deputado não pode ser jornalista (novidade neste Estatuto), também não penso que seja possível fazer jornalismo no Avante ou na Dica da Semana. Este tipo de publicações, comprometidas, deveria estar na lista de incompatibilidades; ACT a 23/6/06: leio no 24H que a Comissão da Carteira recusou o título profissional a quem trabalha, precisamente, em jornais de hipermercados, mas houve recurso, favorável aos novos jornalistas. Para mim, trabalhar no Avante, Povo Livre ou Acção Socialista ainda é pior, do ponto de vista jornalístico, do que na Dica da Semana;

3) Se a TSF me enviar a Macau para eu entrevistar Stanley Ho, a TSF só pode (re)utilizar essa entrevista, dois anos depois, com a minha autorização. Não faz sentido. A proposta do Estatuto é absurda quando diz que nenhum trabalho de arquivo pode ser republicado sem a concordância do seu autor.
4) Concordo – e sempre o defendi aqui – com sanções disciplinares. Desconfio é da capacidade (interesse?) da Comissão da Carteira em as aplicar com justiça e razoabilidade;
5) Concordo com o Sindicato: o regime proposto para buscas às redacções deveria ser alargado à residência dos jornalistas, nomeadamente por causa dos freelancers;
6) Concordo com aquilo que o governo designa por período de carência (a impossibilidade de um ex-assessor, de regresso ao jornalismo, exercer na sua área de intervenção anterior). Mas acho seis meses muito pouco.
7) Concordo com a formação superior como condição de acesso ao jornalismo (e não, exclusivamente, a formação em comunicação social – que é e será o caminho natural de acesso às redacções).

ACT a 29/6/06: Fui contactado pelo gabinete do ministro Santos Silva com o objectivo de esclarecer uma questão relacionada a necessidade de autorização para republicar um trabalho. Um colaborador do ministro explicou que essa autorização individual e casuística não é necessária a partir do momento em que estiver prevista no (novo) contrato de trabalho assinado entre o jornalista e a entidade patronal. Pergunto eu: e se não houver novo contrato?
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O novo Rádio Clube

vai ser mais informativo a partir de Setembro - foi ontem anunciado pela Media Capital.
A dúvida é se vai ser «uma rádio de informação geral» (como diz o Diário Económico de hoje) ou «uma rádio de informação e de entertenimento» (como diz o Público)? Ou uma rádio de notícias?

Parecem-me coisas diferentes. Até porque «uma rádio de informação e de entretenimento» é exactamente isto!
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Erros analógicos, rectificações digitais (quando?)

Na primeira página do Publico de hoje:
«Alemanha e Inglaterra ganham e evitam encontrar-se»

Erros destes não deviam acontecer, mas acontecem - o que me surpreende é o jornal não aproveitar a sua página on line para colocar, de imediato, uma rectificação. Os leitores merecem, não?
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