Uns são mais suspeitos do que outros?
Apenas o JN não mostra hoje a cara do alegado abusador de Viseu.
Público, Correio da Manhã e 24 Horas mostram tudo. O DN encobre a foto principal (a de ontem no tribunal, usada por todos os jornais, em diversas versões), mas depois mostra o pai da (corr *) FT numa imagem mais antiga.
Os jornais - e não vi as televisões - costumam preservar a imagem de detidos (pelo menos alguns), no pressuposto de que todos são inocentes até prova em contrário. Afinal, utilizar palavras como "alegado" ou "presumível" parece-me proporcional à preservação da imagem desses mesmos alegados ou presumíveis...
Ou será que nem todos os suspeitos são presumíveis? Uns já estão condenados? Com que critérios? Quem o decide? Parece-me perigoso.
(Duas notas:
- Entendo que, como jornalista, a minha opinião pessoal sobre o caso, igual à da esmagadora maioria dos portugueses, deve ser anulada em função das regras deontológicas; mesmo que pareça demasiado insensível;
- Por falar em suspeitos protegidos pela comunicação social: o co-piloto português detido na Venezuela foi absolvido. Ainda bem.
* Neste texto, escrito ontem, identifiquei a bebé. Isso motivou um comentário violento de uma leitora. Expliquei-lhe, na resposta, que este blogue, embora escrito por um jornalista, não faz jornalismo nem, por isso, se sujeita a regras técnicas ou deontológicas do jornalismo (contraditório, factos e opinião, equidade de tratamento ou muitos outros cuidados). Lamento que a confusão persista, mas como não quero distrair-me do que é mais importante, substituí a identificação pelas iniciais.
Público, Correio da Manhã e 24 Horas mostram tudo. O DN encobre a foto principal (a de ontem no tribunal, usada por todos os jornais, em diversas versões), mas depois mostra o pai da (corr *) FT numa imagem mais antiga.
Os jornais - e não vi as televisões - costumam preservar a imagem de detidos (pelo menos alguns), no pressuposto de que todos são inocentes até prova em contrário. Afinal, utilizar palavras como "alegado" ou "presumível" parece-me proporcional à preservação da imagem desses mesmos alegados ou presumíveis...
Ou será que nem todos os suspeitos são presumíveis? Uns já estão condenados? Com que critérios? Quem o decide? Parece-me perigoso.
(Duas notas:
- Entendo que, como jornalista, a minha opinião pessoal sobre o caso, igual à da esmagadora maioria dos portugueses, deve ser anulada em função das regras deontológicas; mesmo que pareça demasiado insensível;
- Por falar em suspeitos protegidos pela comunicação social: o co-piloto português detido na Venezuela foi absolvido. Ainda bem.
* Neste texto, escrito ontem, identifiquei a bebé. Isso motivou um comentário violento de uma leitora. Expliquei-lhe, na resposta, que este blogue, embora escrito por um jornalista, não faz jornalismo nem, por isso, se sujeita a regras técnicas ou deontológicas do jornalismo (contraditório, factos e opinião, equidade de tratamento ou muitos outros cuidados). Lamento que a confusão persista, mas como não quero distrair-me do que é mais importante, substituí a identificação pelas iniciais.
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