Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com


Peço o favor de actualizarem as vossas bookmarks e eventuais links. e de continuarem a ler e a comentar na nova morada.

quarta-feira, maio 31, 2006

(!!!) (com actualizações)

Pela primeira vez - penso - Embora seja muito raro, apaguei um texto deste blogue. Um texto (que reproduzo no final) e que gerou quatro comentários anónimos, completamente à margem do tema proposto (um deles calunioso para outra pessoa). Um comentário off topic pode desvirtuar totalmente um texto - e isso é inadmissível.
É inadmíssivel que alguém - bem ou mal intencionado - possa com um comentário desviar as atenções do que é proposto. Não querem comentar? Não comentem, por favor. Aliás, brevemente haverá - também aqui - moderação de comentários.

O texto apagado é este:

ACT a 31/5: O Público de hoje explica que Ramos Horta recusou. Mas nada sobre o sensacionalismo da primeira página de ontem!

Título da primeira página:
«Ramos Horta vai acumular pasta da Defesa em Timor-Leste»

Texto da primeira página:
«(...) José Ramos Horte pode acumular desde já a pasta da Defesa (...)»

Título da página «Mundo»
«Ramos Horta deverá acumular a pasta da Defesa»

Texto dessa página:
«O ministro dos Negócios Estrangeiros pode acumular desde já a pasta da Defesa» ( e Ramos Horta, nesse mesmo texto não confirma essa informação)

Estamos a falar do Público, porra!

Já agora, o que realmente aconteceu hoje: «Xanana Gusmão assume responsabilidade pela Defesa e Segurança»

ACT a 1/6/: Ramos Horta vai mesmo acumular com a Defesa. E a propósito disto (da notícia se ter confirmado), José Manuel Fernandes contactou-me via e-mail explicando que o Público - quando escreve «vai» - tinha informações nesse sentido, até mais adiantadas do que as conseguidas no terreno pelo enviado. Registo. Mas - desde o princípio - que o que me incomodou foi a desarticulação entre texto e título (independentemente da notícia ser verdadeira ou não). E como leitor tenho dificuldade em aceitar essa desarticulação, sendo levado a pensar que ela foi artificializada.
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.

Perplexo e indignado, escrevo às...

jornalistas da Notícias Magazine,

Este postal é sobretudo um exercício retórico e pessoal – não tenho a pretensão de uma resposta.
Mas este postal é também uma forma de tentar partilhar, com quem se interessar, uma enorme perplexidade: por que é que continuam em insistir em identificar a bebé de Viseu que terá sido maltratada pelos pais?
O mais fácil é criticar-vos, mas não acredito que seja comodismo, distracção ou inconsciência.
Então é o quê?

A minha indignação não resulta tanto de ter lido, na última Notícias Magazine, mais uma vez o nome da bebé. Antes, de ser na Notícias Magazine: o órgão de comunicação que mais tem acompanhado o caso e uma revista que persegue objectivos digamos sociais, mais apurados do que, por exemplo, a imprensa diária.

A insistência na revelação do nome, sempre que se fala no caso, é incompreensível, inqualificável e inadmissível – recém-nascida quando foi maltratada, não sei se ficarão sequelas no seu amadurecimento. Mas sei que basta ir à Internet, escrever o nome dela e, no google, aparecem milhares de referências (sim, vocês não são as únicas que a identificaram; provavelmente serão as únicas que ainda o fazem/farão).

Têm a noção de que a identificação pública de vítimas de abusos sexuais é uma espécie de anátema social que irá prejudicar essa criança? Que todos os manuais de jornalismo «proíbem» essa identificação, baseada sobretudo no bom-senso?

Durante quanto tempo o continuarão a fazer? Sempre que escreverem sobre ela?

Que utilidade tem o nome de uma bebé para a reportagem? Não poderia ser identificada com as iniciais, como a «bebé de Viseu» ou até com um nome fictício? Perdia-se interesse? Não acredito. E se se perdesse?
Já imaginaram que a podem vir a prejudicar, quando o vosso objectivo é o oposto?

Fica a minha perplexidade!

PS – leitor regular da NM, pode-me ter escapado alguma nota na revista sobre isto em concreto. Um caso que abordei varias vezes.
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.

Quando sensacionalismo se confunde com tabloidismo

O título da primeira página do 24 Horas de hoje «Filho de Beleza começa a ser julgado a 3 de outubro no Tribunal de Monsanto» (acompanhado de fotografia de Leonor Beleza) é um claro exercício sensacionalista, num jornal que se reclama apenas de tabloidista e não gosta de ser acusado de sensacionalismo.

Admito que no texto da notícia houvesse referência à ligação familiar (sobretudo para responder a dúvidas do leitor sobre se haveria alguma ligação pelo apelido), mas utilizar Leonor Beleza para justificar a notícia na primeira página é empolar artificialmente o real valor dessa notícia (além de atentar contra a dignidade de quem nada tem a ver com o caso).
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.