Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, dezembro 04, 2006

ACT Coisas que envergonham o jornalismo (I)

Vi a modelo Karen (ex-Jardel) a apresentar um noticiário da Sport tv.

Ou um noticiário deixou de ser um acto jornalístico (é só ler o que lhe escrevem? se houver um directo pergunta o quê?) ou deixou de haver limites (nem no tempo de Albarran, na TVI com uma duas jeitosas*; ao menos ele era jornalista...)

ACT a 6/12/06. Ser jornalista é exercer, pelo menos, um destes três poderes: a) o poder de seleccionar, do total da realidade que conhecemos, aquilo que vamos tratar (de acordo com critérios noticiosos); b) o poder de seleccionar, desse assunto escolhido, o que fica dentro e o que fica fora (nunca perdendo de vista o contraditório); c) o poder de seleccionar as palavras que suportarão essa notícia; Claro que há questões legais e deontológicas que não se devem ignorar, mas, na génese, se alguém - mesmo num acto jornalístico - não exerce nenhum desses poderes não é jornalista

* Pergunta-me um leitor: «ao ler o seu "post" sobre a Karen (ex-Jardel) a apresentar um bloco noticioso na Sport tv, fiquei com uma dúvida. O significado da palavra"jeitosa" e passo a citar: "(nem no tempo de Albarran, na TVI com duas jeitosas; ao menos ele era jornalista...)".O aspecto fisíco é relevante para a situação em apreço?». Para mim não. Para quem as escolheu acredito que terá sido um critério muito importante. Que outros poderiam justificar a escolha de uma pessoa que nunca fez jornalismo para co-apresentar o principal bloco noticioso de um canal de televisão?
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Coisas que envergonham o jornalismo (II)

Maria João Avillez protagonizou um dos episódios mais caricatos do jornalismo português nos últimos anos (escreveu um texto publicitário para uma campanha do Banco Privado Português, entregou a carteira profissional, entrevistou o primeiro-ministro entretanto, a campanha acabou e foi buscar a carteira). Mas eis como ela descreve o que se passou: «Foram os infectos qaue acabaram por fazer publicidade ao banco, não eu (...) Podia dar-lhe exemplos de coisas muito mais graves que não foram alvo dessa perseguição infecta» (sublinhado meu; declarações a Joel Neto, na NS desta semana).

PS - É preciso lembrar que há uma lei em vigor que diz claramente haver uma incompatibilidade entre redacção publicitária e redacção jornalística.
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