Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, março 11, 2005

Lembram-se

deste caso?

No Correio da Manhã de hoje: "A Alta Autoridade para a Comunicação Social deu seguimento a um recurso de Miguel Coutinho e Fernanda Câncio, respectivamente director e jornalista do DN, contra o jornal Público. O pedido derivou da "alegada denegação ilegítima de publicação de uma rectificação em relação a uma notícia publicada pelo Públcio, em Dezembro último (sob o título «Parecer - Ordem diz que aborto raramente se justifica por razões específicas»), que a AACS considerou dever ser publicado".

Isto terá alguma coisa a ver com isto?

ACTUALIZAÇÃO A 12/3/05: "Também o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas está a analisar este processo, mas ainda não se pronunciou, "por estar à espera de mais elementos", disse ao DN o seu presidente". (comentário meu: três meses não foram suficientes? ACTUALIZAÇÂO a 16/3/05: o DN de hoje diz que o CD do Sindicato espera por um documento da Ordem dos Médicos)

ACTUALIZAÇÃO A 15/3/05: «O Conselho de Redacção do DN foi, também, confrontado com uma notícia ontem publicada, utilizando partes de dois comunicados, não identificadas como tal, e que abordava assuntos da vida interna deste jornal. Assim, "lamentaram que da leitura da notícia do Público ressalte um alegado distanciamento entre o órgão que representa a Redacção e o seu presidente, o Director. É absolutamente falso". O comunicado acrescenta que, ao contrário do que a notícia do Público tenta induzir, não é prática dos membros eleitos do Conselho de Redacção reunirem-se com a Administração na presença do Director". Os membros eleitos do CR "lamentam profundamente fugas de informação sobre a vida interna do jornal".»
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A ler sobre o ensino do radiojornalismo...

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Tabloidismo e sensacionalismo

Há órgãos de comunicação social que misturam os dois conceitos em simultâneo (os tabloides norte-americanos, por exemplo), mas a maior parte das vezes faz sentido estabelecer uma separação.
Com base em dois exemplos da imprensa de hoje:
Tabloidismo (que se manifesta na escolha dos temas, no privilégio a determinados ângulos, no interesse do público): "Sócrates é vizinho de bordel de luxo" (no Correio da Manhã de hoje, em que é perfeitamente identificada a casa do novo primeiro-ministro*);
Sensacionalismo (que se percebe na desadequação entre o enunciado - nos títulos ou no texto - e a realidade): o Tal & Qual publicou em 18/2 um artigo com o título "Empresa de governante não paga aos trabalhadores"; a governante exerce o direito de resposta na edição de hoje e explica que saiu há 8 anos da direcção financeira e há 3 do conselho fiscal (o jornal também diz que é accionista da empresa, mas não fica claro se assim é);

* a fotografia na página 11, com a legenda/morada devidamente identificada, parece-me ética e deontologicamente censurável

ACTUALIZAÇÃO: Nem a propósito!

ACTUALIZAÇÂO a 14/3: Um bom exemplo de sensacionalismo identificado na página do Clube de Jornalistas (sem ligação permanente); Se o título fosse "Associação Sindical vai processar jornalistas" já não tinha tanta força; vai daí escreve-se "PJ vai processar..."

ACTUALIZAÇÃO A 14/3: Como Eduardo Cintra Torres confunde isto mesmo, no seu texto de hoje do Público: «O 24 Horas tem feito um interessante percurso como tablóide: centra-se em casos pessoais pelo lado emocional e adopta pontos de vista espelhando o que julga ser a posição das "massas" sobre os assuntos. O caso é tanto mais interessante quanto Tadeu é simpatizante do PCP, o que origina um raro "tablóide de esquerda", sendo suposto que o sensacionalismo inculca e reforça ideologias conservadoras no "povo".»
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