Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, maio 04, 2005

O perigo do improviso

Hoje de manhã ouvi um exemplo da reportagem - em directo - sem preparação: o editor pergunta ao repórter como estão a reagir os pais ao anúncio afixado na escola pela Direcção Geral de Saúde (um caso de suspeita de meningite). O repórter, no local, diz que o anúncio tranquilizou os pais. E depois ouve alguns deles, que lhe dizem o contrário!

Há sempre - aqui como em tudo - duas maneiras de fazer as coisas: de improviso ou bem preparado (falar com as pessoas antes, saber o que pensam, escrever o texto de acordo com o que vai ser dito, evitar surpresas - porque não é esperado que os entrevistados mudem entretanto de opinião); os resultados são evidentes.
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As apostas editorais como critério de notícia

Penso que, dentro da lista de critérios substantivos que fazem o jornalismo (os news values), falta estudar o peso - cada vez maior - das apostas editoriais de cada órgão nos alinhamentos noticiosos
E não me estou a referir ao facto de haver um exclusivo, que pode condicionar esses alinhamentos. Falo, por exemplo, em produtos pagos (provavelmente caros...), como uma sondagem!
A propósito de quê? Da troca que aconteceu ontem entre TSF e DN.
Como é público, ambos mantém uma longa colaboração com a Marktest para um barómetro mensal, que inclui diversas questões de actualidade.
A apresentação é combinada, de modo a que as mesmas respostas saiam à meia noite e na manhã seguinte na rádio e no jornal desse dia.
Só que ontem a TSF divulgou as conclusões sobre os dois referendos mas o DN trouxe as respostas sobre as presidenciais, do mesmo barómetro. Um deles ter-se-á equivocado.
O que fez com que, hoje, a TSF divulgasse as presidenciais e o DN os referendos. Ou seja, ambos com 24 horas de atraso.
Porquê? Provavelmente porque o "produto" é caro e não se pode desperdiçar. Mas, claramente, o interesse, hoje, estava muito reduzido: sem novidade, sem actualidade, restava o quê?
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