CCPJ acusa consultor de usurpação de funções

O que pensar desta notícia do Correio da Manhã?
Joaquim Letria teve um deslize de linguagem - disse numa entrevista que era jornalista - e a Comissão da Carteira Profissional caiu em cima dele.
Há algum excesso de zelo, parece-me, até porque a promiscuidade de que muito se fala entre jornalismo e relações públicas não passa por casos como este (Letria diz-se jornalista, mas sem fazer jornalismo!).
Espero é que este caso possa ser um primeiro sinal de dinamismo de uma das mais sombrias e ineficazes entidades que existem em Portugal, a CCPJ, precisamente!

Era uma vez um Papa - expectativas

E agora que Ratzinger acaba de ser escolhido Papa, a generalidade da comunicação social - que andou claramente a empolar as hipóteses dos dois cardeais portugueses - assobia para o ar!
Mais uma vez levou-se ao limite o exagero, com reportagens nos locais onde os dois nasceram, os seus amigos, os seus gostos ("gosta de bacalhau"), as suas hipóteses de serem escolhidos ("houve um jornalista que falou no nome de Policarpo"...).
Dir-se-á: nos últimos tempos, tem sido sempre assim. Mas contrariamente ao que aconteceu com a morte do Papa, por exemplo, agora tratou-se apenas de "jornalismo de expectativas"*. E o "jornalismo de expectativas" é das manifestações mais negativas do jornalismo (actual?)

*Várias vezes usei esta expressão neste blogue; mas pensando bem, expectativas e jornalismo são palavras contraditórias.