Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, abril 07, 2005

Coisas que fascinam (56)

Não é a primeira nem será a última vez que um jornal publica a mesma notícia (provavelmente com dois títulos diferentes) na mesma edição - às vezes não é fácil determinar se aquela notícia é "sociedade" ou "internacional" (e como têm dois editores diferentes...).
Mas O Comércio do Porto de hoje acrescenta uma subtileza: a mesma notícia ("A melhor forma dos irlandeses prestarem homenagem ao Papa João Paulo II será empenhando-se no processo de paz na Irlanda do Norte, afirmou o arcebispo de Dublin e primado da Irlanda, Diarmuid Martin") aparece duas vezes, também com dois títulos, mas na mesma secção, o "Destaque" do jornal (págs 3 e 7).
Se o "Destaque" teve apenas um editor (como é normal...) tratou-se de uma distracção bem evidente; se teve dois falhou a comunicação...

PS - O Comércio do Porto que se faz todos os dias é um óptimo jornal. Mas o mais importante é que a recente mudança prova algo que, pessoalmente, me é muito caro: são os bons jornalistas que fazem os bons jornais! Rogério Gomes está de parabéns!
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A rádio sobrevive ao segundo choque?

Não foram poucos os que previram (obrigado JAG!) a morte da rádio com o aparecimento da televisão. Mas a rádio sobreviveu. Mudou, de casa para o carro, da noite para o dia, da válvula para o transístor, mas sobreviveu ao primeiro choque tecnológico.
O segundo choque está aí à porta e a rádio ainda não percebeu os sinais. É o choque provocado pela banalização dos sistemas digitais de reprodução de música («ipods» e muitos outros), que ameaçam tirar a música da rádio; são os GPS, ligados a câmaras de video, que dão a informação de trânsito em tempo real, especificamente para a minha rota; é a personalização das informações, em função dos meus interesses, enviada pelos telemóveis da terceira geração (trânsito, bolsa, metereologia, etc.); é a possibilidade de ver, via UMTS, as transmissões dos jogos de futebol, onde não há um écrã de televisão, em vez de ouvir o relato; é...
Como será a rádio sem a música, sem o trânsito, sem a bolsa, sem...?
O que fica para a rádio?


Estas são inquietações que me ocupam, neste momento. Entendi partilhá-las com os leitores deste espaço porque é provável que, neste blogue, apareçam mais vezes. Afinal é esse o ponto de partida para o tema de um trabalho que conto ter pronto daqui a quatro anos (no mínimo!), na Universidade de Vigo.

ACTUALIZAÇÃO a 8/4: Nem por acaso... "mais de 22 milhões de adultos utilizam o iPod ou outros leitores de MP3 e cerca de 29% fazem downloads através da Internet, para a escuta das suas músicas preferidas". Um pouquinho mais aqui.
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