Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, agosto 29, 2005

Um apelo aos animadores da TSF

Se calhar é porque no Verão há mais música e, por isso, nota-se mais. E, provavelmente, este pedido não faz sentido: a TSF sempre foi uma rádio de notícias (de palavra, o seu melhor slogan) e a música tem um papel secundário.

Mas daí a ser mal tratada?
Sim, permitam-me esta nota (são quase 15 anos, porra!): não me lembro de a música na TSF ser tão desprezada como nos últimos tempos.
De que é que falo?
Das repetições sistemáticas de algumas músicas (o animador que entra não ouviu o que o outro passou?), do abuso daquelas promoções com excertos de músicas, que servem para tudo, até para destruir o prazer que algumas músicas nos dão*, das informações que são dadas em cima da letra (e valorizar uma música é respeitar tanto a letra como a própria música, por isso existem as "cortinas sonoras" de transição) e, o pior de tudo, das músicas que são cortadas um minuto depois de terem sido lançadas sem que nada de excepcional o justificasse (apenas desatenção).

Sei que alguns de vocês lêem este espaço. Por isso faço o apelo. A menorização(natural) da música na TSF tem a ver com o seu protagonismo e espaço na antena. Não com os maus tratos que tantas vezes se ouvem.

Um abraço deste vosso ouvinte fiel!

* A semana passada ouvi uma boa: o animador anunciou duas ou três músicas, mas pelo meio não resistiu a passar a promoção. Não percebo a finalidade? Ainda se fosse no final da sequência...
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Uma denúncia (ou duas...)

O Público até é dos jornais que apresenta melhores suplementos (os dos relógios, por exemplo), mas a revista que acompanha a edição de hoje precisa de ser denunciada: podia ser informação comercial mas não, é política autárquica pura. A pouco mais de um mês das eleições ("Poder local 2005").
O que é que lá temos?
Textos assinados pelos presidentes de câmara ("muitos projectos transformaram e estão a transformar o rosto e o pulsar do Concelho [de Aveiro]"), press releases publicados acritica e laudatoriamente (Famalicão, "um concelho em desenvolvimento", "tudo isto foi possível neste mandato"), fotografias dos presidentes e vereadores no poder.
Nada disto é inocente: a empresa (exterior ao Público) sabe que este é o momento certo para fazer a revista - os recandidatos querem promover-se.
Mas também é evidente que uma revista panfletária como esta desequilibra o jogo democrático, porque só tem acesso ao espaço quem está no poder.
Isto, no Público, não pode acontecer! O jornal precisa de receitas-extra, mas estas são de curto-prazo, o jornal - como património de credibilidade - só tem a perder!
(como se não bastasse, acho estrnho que em 120 páginas haja apenas sete de publicidade paga...)

PS - já que falo no Público de hoje, como é possível aceitar textos de opinião do actual portavoz do CDS a elogiar, de alto a baixo, Ribeiro e Castro (pág. 6, "Os desafios de Ribeiro e Castro")? Está tudo louco? Ou são os disparates do Verão?
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