Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, novembro 13, 2005

Um caso a merecer reflexão

No Diário de Notícias de ontem há um texto a merecer reflexão: numa página, da secção de desporto, fala-se num jovem jogador do Rio Ave FC (17 anos), chamado Fábio Coentrão ("não joga na Superliga (quatro minutos esta época frente ao Braga), não joga pelas selecções - foi chamado para um estágio na segunda e terça-feira dos sub-18, depois de ter perdido um por lesão -, não é propriamente famoso") que "é seguido por um clube estrangeiro", sobre quem fizeram um "relatório delhadado e preciso" e cuja transferência "pode salvar já o orçamento" do clube.
A questão é que para além de não haver uma fotografia do jogador, este não faz uma declaração, sequer, ao jornal, não se diz que clube é esse nem quem elaborou o dito relatório. Sobre o hipotético negócio apenas se refere que o jogador é representado pelo "empresário do momento", Jorge Mendes.

O jornalismo é feito de constrangimentos e de limitações. Escrevemos tantas vezes sobre casos dos quais não sabemos tudo e preservamos a identidade das fontes por diversas razões.

Mas devo dizer que este artigo, em concreto, me parece mal defendido pelo jornalista. Não duvido que seja verdade o que lá vem escrito (até conheço relativamente bem as potencialidades do dito jogador, uma vez que assisto a quase todos os jogos do Rio Ave, do qual sou sócio), e que ele possa ser transferido, mas eu teria feito de outra maneira - nomeadamente dando mais informações sobre o que está em causa (ou recusando revelar só uma parte da história).
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