Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sábado, fevereiro 25, 2006

Acreditar em tudo o que nos dizem...

Ouve-se (ontem ao fim da tarde):
"Carlos Silvino foi alvo de ameaças de morte"

Os jornalistas são um povo muito crente - gente de boa fé e ingenuidade q.b., não se importam (até gosta?) de passar para a sua boca aquilo que outros dizem, sem a preocupação de atribuírem o quê a quem!

Quando muito: "Carlos Silvino diz que foi alvo de ameaças de morte" (ou "Carlos Silvino diz que foi ameaçado de morte"). Mas como nenhum jornalista estava na sala do tribunal quando isto foi dito, até seria mais correcto pormenorizar que "O advogado José Maria Martins diz que Carlos Silvino foi ameaçado de morte".

Não sei se é verdade nem me interessa (porque não o posso verificar/contrastar). Limito-me, como jornalista, a atribuir a informação à fonte.

PS - por falar em "acreditar em tudo o que nos dizem", quando é que os jornalistas que anunciaram, há muitos meses, uma televisão chamada Invicta TV nos contam o que é que se está a passar?
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... sem pôr as coisas em causa?

No Diário Económico de ontem podia ler-se uma notícia com este título:
«A rádio por assinatura é uma das principais tendências para 2006»

Até para mim, esta notícia causou alguma perplexidade: é que das duas formas que existem de pagar para ouvir a rádio apenas uma é um negócio sério (ainda que deficitário), mas limitado aos EStados Unidos (e Canadá) - a rádio por subscrição via satélite. A outra forma, com conteúdos fechados na Internet, é ainda menos do que uma experiência.

Então como se explica uma notícia destas, se ela não tem qualquer adesão à realidade portuguesa ou mesmo europeia? O Diário Económico defende-se, dizendo que são as previsões mundiais da Deloitte, mas eu acho que é um daqueles casos em que a pressa (de publicar) é inimiga dos leitores - mais valia esperar um dia ou dois e perceber - contextualizar, interpretar - o que lá é dito. Caso contrário, a notícia estará sempre incompleta - em Portugal (e na Europa) não vai acontecer, em 2006, nada do que ali é dito, garante o deloitte meneses.
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