Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, maio 23, 2006

Do Prós e Contras de ontem - Carrilho não resistiu

Depois de ter visto (e já ter lido o livro...) o Prós e Contras de ontem, acho que é possível fazer algumas notas finais:

- Ricardo Costa arrumou com a questão do aperto de mão, explicando com vários pormenores que nada daquilo era privado (dentro do estúdio);

- Ricardo Costa trouxe um argumento de peso, a manipulação das entrevistas enquanto ministro da Cultura; os argumentos de Carrilho quanto ao jornalismo nunca mais serão os mesmos!

- Discutiu-se pouco a questão das agências de comunicação e a necessidade de haver alguma regulamentação ética e deontológica - Emídio Rangel podia ter dado um contributo mais forte nesse aspecto (já Pacheco Pereira manteve-se fiel à sua teoria de que o livro fala de outra coisa, que não aquela que tem vindo a público, mas que não prova - a da conspiração);

Em resumo, o livro de Carrilho denuncia/aborda duas coisas que me parecem importantes:
1) a superficialidade e a trivialidade (palavras de PPereira, que subscrevo) de muito do jornalismo português, exemplificado com vários casos, que não têm sido devidamente abordados;
2) a actividade descontrolada das agências de comunicação (já agora, como vai ser com o levantamento da imunidade parlamentar pedida pela Cunha Vaz?);

O resto é espuma - e traços de personalidade de Carrilho: se me permitem, o debate de ontem mostrou bem por que é que o povo de Lisboa foi inteligente ao derrotar o candidato do PS.

PS - o Prós e Contras não teria o mesmo interesse sem público? O público, ali, aplaudindo ou até mandando bocas, dá a tal sensação de arena, que retira credibilidade ao programa. O programa teria, pelo menos, o mesmo interesse sem o público e seria mais agradável de ver (do meu ponto de vista).
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