Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com


Peço o favor de actualizarem as vossas bookmarks e eventuais links. e de continuarem a ler e a comentar na nova morada.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

ACT Um caso que merece desenvolvimento (Blogdabola)

É a segunda vez em pouco tempo que falo do Blog da Bola - um blogue sobre futebol, que tem dado as 'cachas' que depois toda a gente persegue na informação desportiva, e não só. A idade de Leandro Lima é apenas um exemplo, outros podiam ser dados: a publicidade de Rui Costa, o novo empresário de João Moutinho e, claro, a contratação de Makukula (só para referir os mais recentes).

Primeira nota, trata-se de um blogue anónimo, embora num recente texto no Record o jornalista Eugénio Queirós o tenha atribuído ao (antigo?) jornalista Marinho Neves - com quem, aliás, trabalhei em finais da década de 80, na falecida Gazeta dos Desportos. Os textos são assinados por «batebola». O anonimato retira-lhe credibilidade e, principalmente, notoriedade (mas toda a gente no futebol o lê... e os factos mostram que está certo);

Segunda: como é que um blogue anónimo consegue dar as notícias em primeira mão de FC Porto, Benfica ou Sporting? Como é que um jornalista - por muito bem informado - consegue bater centenas de outros jornalistas (nomeadamente nos jornais)? Ninguém contrata esse jornalista? (se é que é apenas um jornalista; e se é que é um jornalista...)

Terceira: O blogdabola é um dos poucos blogues que dão notícias em Portugal, podendo, nesse aspecto, dizer-se que faz jornalismo. Um jornalismo anónimo, é certo, mas jornalismo. Act a 01/02/08: Gostava de esclarecer esta parte final do texto, até porque pode suscitar equívocos. Como é evidente não há dúvidas sobre a necessidade do jornalismo ser identificado. Por isso o blog da bola não é - nem será, nestas circunstâncias - um órgão de comunicação social. O que não quer dizer que não faça jornalismo. É isso que eu digo (quatro ou cinco linhas acima). Incoerente? Talvez, mas as fronteiras não são tão rígidas como se pode pensar. Voltarei a este tema na proxima semana.
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.