O direito à imagem/abuso de poder
As televisões (em Portugal) facilitam quando se trata de cumprir com rigor o que diz a lei sobre reserva de direito de imagem.
Ontem à noite, na SIC, vi uma reportagem sobre um julgamento que hoje começaria no Fundão. À falta de melhor, a repórter bateu à porta de casa da "companheira" do principal arguido no caso. A senhora, que não falava português, disse várias vezes que não queria prestar declarações a jornalistas. Foi a única coisa que disse. E a câmara a filmá-la.
Este depoimento não teve qualquer relevância para o contexto da reportagem, uma vez que nada (repito, nada) foi dito.
Então por que foi emitido? Para mostrar a mulher ou por um ajuste de contas ("não queres falar? então toma lá..."). Mas a mulher é apenas a "companheira" do arguido, não está indiciada nem na reportagem se disse que ela teria qualquer relação.
Este é - parece-me - um exemplo de abuso de poder por parte dos jornalistas.
(Aos mais interessados, uma leitura aqui).
Ontem à noite, na SIC, vi uma reportagem sobre um julgamento que hoje começaria no Fundão. À falta de melhor, a repórter bateu à porta de casa da "companheira" do principal arguido no caso. A senhora, que não falava português, disse várias vezes que não queria prestar declarações a jornalistas. Foi a única coisa que disse. E a câmara a filmá-la.
Este depoimento não teve qualquer relevância para o contexto da reportagem, uma vez que nada (repito, nada) foi dito.
Então por que foi emitido? Para mostrar a mulher ou por um ajuste de contas ("não queres falar? então toma lá..."). Mas a mulher é apenas a "companheira" do arguido, não está indiciada nem na reportagem se disse que ela teria qualquer relação.
Este é - parece-me - um exemplo de abuso de poder por parte dos jornalistas.
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