Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, janeiro 29, 2008

Depois da vitória de ETC, as opiniões de ECT

A propósito desta notícia «Tribunal arquiva queixa da RTP contra Eduardo Cintra Torres e director do "Público"», Eduardo Cintra Torres fez chegar estes comentários, que reproduzo (com sublinhados meus) por duas razões, independentemente de concordar ou não com o que se diz: porque é um assunto que aqui acompanhei; porque é uma forma de considerar quem teve idêntica consideração:
«- independentemente de ainda assistir aos assistentes o recurso da decisão do tribunal, trata-se de uma vitória da liberdade de imprensa, do trabalho independente dos jornalistas e dos comentadores em Portugal.
- a decisão corrobora o que sempre defendi:o direito e a obrigação dos comentadores de basearem as suas opiniões em elementos informativos e investigados.
- a decisão judicial contraria a tentativa de intimidação da opinião livre e da divulgação de informações e trabalhos de investigação revelando como a informação dum media, neste caso a RTP1, pode servir os interesses do poder político do momento.
- a decisão judicial é, nas suas 4 páginas, totalmente contrária ao arrazoado de 200 páginas que a ERC dedicou ao assunto, e que terminava com a «condenação» minha e do meu artigo e ainda do director do Público. Recordemos que a deliberação da ERC, que considerei então um momento negro da história da liberdade de imprensa em Portugal, afirmava claramente que o director do jornal deveria ter censurado o meu artigo. Esta decisão é uma derrota para a tentativa da ERC de estrangular a liberdade de opinião e de informação dos jornalistas e comentadores porutugueses, tanto mais que pela forma incrível como tratou do meu artigo tentou construir um «caso exemplar» do que pretendia fazer da sua actuação contra o jornalismo e opinião livres e independentes.
- a decisão do TIC é igualmente de sentido diferente da que seguiu o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas que analisou uma queixa do DI da RTP sobre o meu artigo. Esse Conselho Deontológico, felizmente, já foi substituído

(podem encontrar as minhas opiniões aqui)
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