(jc7) Revistas de cá e de lá
Aproveitando uma recente viagem de avião, pude confrontar as duas principais revistas de actualidades brasileiras, Veja e IstoÉ, com as duas portuguesas, Visão e Sábado (todas relativas à semana passada).
Algumas conclusões são interessantes:
- A Veja tem sete páginas de opinião, a IstoÉ uma; A Visão 12, a Sábado 13!
- A Veja tem 70 páginas de texto (e 45 de publicidade, já agora...) e a IstoÉ 71; as portuguesas bastante mais: sem contar com os suplementos de sugestões no interior, são 96 páginas de texto na Sábado e 88 na Visão;
Este último dado é relevante porque mostra como as brasileiras se dispersam menos e se concentram mais naquilo que é importante.
Outras diferenças:
- mais espaço nas brasileiras às cartas dos leitores;
- muita atenção às secções de sociedade/ciência, com matérias muito actuais (mérito dos seus correspondentes em Nova Iorque ou Paris);
- muita reportagem (ou seja, nos sítios onde as coisas acontecem) e menos telefone;
Em resumo: as duas revistas portuguesas não ficam muito atrás em termos qualitativos, mas a Veja é mais atractiva. Porquê? Equilibra melhor a opinião com reportagens de grande interesse, perde-se menos em miudezas e alguma "tralha", que abunda sobretudo na Sábado, e consegue desenvolver assuntos de elevado impacto ainda não explorados pela concorrência (a Visão tem trazido demasiados artidos de "contexto", aqueles que se limitam a juntar toda a informação disponível que saiu sobre determinado assunto na comunicação social).
Actualização a 1/2/05: A Sábado desta semana republica o texto principal da Veja em questão (um teste para medir a vida sexual), devidamente creditado...
Algumas conclusões são interessantes:
- A Veja tem sete páginas de opinião, a IstoÉ uma; A Visão 12, a Sábado 13!
- A Veja tem 70 páginas de texto (e 45 de publicidade, já agora...) e a IstoÉ 71; as portuguesas bastante mais: sem contar com os suplementos de sugestões no interior, são 96 páginas de texto na Sábado e 88 na Visão;
Este último dado é relevante porque mostra como as brasileiras se dispersam menos e se concentram mais naquilo que é importante.
Outras diferenças:
- mais espaço nas brasileiras às cartas dos leitores;
- muita atenção às secções de sociedade/ciência, com matérias muito actuais (mérito dos seus correspondentes em Nova Iorque ou Paris);
- muita reportagem (ou seja, nos sítios onde as coisas acontecem) e menos telefone;
Em resumo: as duas revistas portuguesas não ficam muito atrás em termos qualitativos, mas a Veja é mais atractiva. Porquê? Equilibra melhor a opinião com reportagens de grande interesse, perde-se menos em miudezas e alguma "tralha", que abunda sobretudo na Sábado, e consegue desenvolver assuntos de elevado impacto ainda não explorados pela concorrência (a Visão tem trazido demasiados artidos de "contexto", aqueles que se limitam a juntar toda a informação disponível que saiu sobre determinado assunto na comunicação social).
Actualização a 1/2/05: A Sábado desta semana republica o texto principal da Veja em questão (um teste para medir a vida sexual), devidamente creditado...
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