Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, junho 14, 2005

(jc) Cunhal e Eugénio; os elos (com correcções)

As duas mortes, ontem, de Cunhal e Eugénio de Andrade, provocaram dores de cabeça nas direcções dos diários jornais: que espaço para cada uma? que destaques? Aqui vai mais um exercício de jornalismo comparado...

As respostas são curiosas (as contas não são ao milímetro) :
Público: 17 páginas (descontando a pub) para AC; 5 para EA
Diário de Notícias: 15 AC*; 6 e meia para EA
Jornal de Notícias: 6 AC + 20 paginas de um suplemento; 8 EA
Correio da Manhã: 4 AC; 1 EA
A Capital: 19 AC; 7 EA
24 Horas: 16 AC; 1 EA


Algumas notas:
- surpreendentes as 19 páginas de A Capital, até por ser o jornal com menos recursos;
- Público e DN muito próximos (a marca dos jornais de referência?), se excluirmos o suplemento;
- o JN e o DN são os único que têm um suplemento;
- o JN é o que dedica mais páginas quer a um quer a outro;
- mas o que dizer das 16 página do 24 Horas (o jornal que habitualmente menos atenção dá à política em Portugal)?
- o 24 Horas foi o jornal mais desequilibrado entre as duas mortes;
- curiosa a coincidência na página dedicada a Eugénio de Andrade por 24 Horas e Correio da Manhã (a marca dos jornais populares?);

* O DN reeditou o magistral (50 páginas...) suplemento do DNA; e tem duas primeiras páginas, uma com Cunhal e outra com Eugénio
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Sentido crítico

No final de Maio, e depois de uma chamada de atenção de um leitor desta página, coloquei um texto em que dava conta da experiência de autêntico neo-jornalismo, que foi fazer, na revista Xis, um trabalho alargado sobre ateísmo, ouvindo apenas católicos.
Na revista desta semana, duas cartas à directora dizem (um excerto de cada uma delas):
- "acho que todo este tema foi tratado de forma interessante mas parcial";
- "escrever artigos sobre ateísmo, sem chamar os ateus, é uma enormidade sem pés nem cabeça";

Ou seja, há leitores com sentido crítico!
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