Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, setembro 17, 2006

ACT Expresso e Sol – 1º combate (1-0)

O Expresso ganhou.
Vou tentar explicar porquê:
- cada um dos jornais tinha o seu exclusivo na manchete, mas a carta de Sócrates para Marques Mendes é «mais notícia» do que a casa apreendida de Isaltino (no Sol); [aliás, o governo tratou de dar uma notícia a cada jornal, uma vez que o Sol trouxe as dotações orçamentais de cada ministério para 2007; e se contarmos com as urgências que o Ministério da Saúde quer fechar – para mim, essa seria a grande manchete do Sol, porque mexe com a vida das pessoas e marca a agenda – há até mais investimento governativo no novo jornal];
- Expresso e Sol investiram no dia seguinte à morte da investigadora portuguesa na Amazónia. Mas a peça do Expresso é muito mais completa (sem nenhum deles ter ido ao Brasil…);
- Maria Elisa também fazia o pleno nos dois jornais; melhor, porque mais completa, a peça do Expresso;
- O Sol marcou pontos com um frente a frente insólito: o ministro do Trabalho e o líder da CGTP; mas o Expresso também tinha uma carta para jogar: juntou Luís Felipe Scolari e Fernando Pinto, presidente da TAP, os dois brasileiros mais importantes de Portugal…;

O Sol desiludiu? Não O primeiro número, por ser muito preparado, não faz a média e é preciso esperar para ver o que vale o jornal em velocidade de cruzeiro. Mas é certo que tem estórias para ler. E isso é importante. Como se esperava, há muitas «futilidades» e quatro páginas de televisão (mas pouca informação). O melhor do Sol? A entrevista a Maria Filomena Mónica na página 2. O pior? O excesso de cor, diferente de título para título. O jornal parece um arco-íris.

PS 1– nesta avaliação falta a revista do Sol; no meu quiosque já não havia…
PS 2 – Pretendo, se nada em contrário acontecer, avaliar dez semanas de concorrência directa. Veremos o resultado no final…

ACT a 18/9/06: «É constrangedor ter que se escrever um comentário deste tipo sobre um jornal cujo primeiro número ainda nem sequer foi distribuído. A gravidade dos erros exige uma chamada de atenção, mas tome-se o comentário como uma crítica construtiva. Lamentavelmente, não há um único parágrafo sem erros naquela notícia e o «lead» é um delírio total» (JAG no CdJ)
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