Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, agosto 16, 2005

Inadmíssível!

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"mais vale uma ligação aberta do que escondida"?

Eduardo Contra Cintra Torres volta ao seu tema-fetiche na crónica deste domingo no Público: as ligações entre poder e jornalismo.
A dado passo escreve: "O El País, da Prisa, é um jornal totalmente identificado com o PS espanhol. Não é pior por isso: mais vale uma ligação aberta do que escondida, como se faz entre nós".
Podem chamar-me inocente, ingénuo ou até cumplice de alguma coisa, mas não vejo como é que se pode justificar uma afirmação destas: eu acho que temos uma comunicação social globalmente independente. Que comete erros? Claro que sim! Que é frágil a sua estrutura económica e financeira? Infelizmente. Que há maus jornalistas e os maus jornalistas fazem fretes? Que a RTP deu um mau exemplo com o convite a António Vitorino? Sim!
Mas também não é por ter criticado Santana Lopes que Eduardo Cintra Torres deixa de ser um comentador muito próximo do PSD...
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(act) Incompatibilidades no comentário

Pode um comentador de futebol ser um treinador?
A pergunta é clássica e suscita as mais diversas opiniões - o Correio da Manhã recupera hoje, novamente, a questão, neste artigo.
Na minha opinião, não.
É claramente um problema de incompatibilidade: um treinador, mesmo no desemprego, não tem a mesma capacidade para criticar o clube, o jogador ou o dirigente com os quais pode estar a trabalhar na semana seguinte. E há imensos exemplos, sobretudo na televisão.
Quanto mais polémico for (isto é, quanto mais feridas estiver disposto a abrir) menos hipótese tem o treinador de o voltar a ser. Por isso protegem-se, jogam à defesa - querem continuar a ser treinadores e o comentário é apenas uma experiência passageira.
Já não tenho as mesmas dúvidas se estivermos perante um ex-treinador.

Act a 17/8: Leio no suplemento Actual do Expresso de 13/8: "Uma recensão - por sinal demolidora - da escritora Marianne Wiggins ao mais recente livro de John Irving, «Until I Find You«, publicada no «Washington Post» há mais de um mês, foi «desautorizada» pelo jornal, após queixa do autor. É que aos críticos daquele diário estão vedadas recensões de obras escritas por amigos ou conhecidos. E Irving é amigo de Salman Rushdie, com quem Wiggings foi casada até 1993. Em consequência, Irving e Wiggins conheciam-se. Pelo facto, o periódico norte-americano pediu desculpas".
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