Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com


Peço o favor de actualizarem as vossas bookmarks e eventuais links. e de continuarem a ler e a comentar na nova morada.

segunda-feira, novembro 12, 2007

ACT Quem manipula quem (JMF explica)

As informações privadas que o presidente da CIP diz ter e a «publicação programada» para três dias seguidos e em três jornais diferentes de notícias «dando conta de alegados erros» no capítulo das acessibilidades do estudo da CIP são, sem tirar nem pôr, o editorial de José Manuel Fernandes no Público de hoje.
Aliás, JMF diz muito mais do que Vanzeller (basta ouvir os sons do presidente da CIP). Mas o editorial passou despercebido e foi preciso a dramatização feita por Vanzeller - que é uma forma de manipulação - para que o assunto não caísse no esquecimento.
JMF conta, com detalhe (e coragem), que A RAVE , que reporta a Mário Lino, decidira divulgar a avaliação ao estudo da CIP em três fases: a primeira notícia, no Expresso, e duas no domingo, no próprio Público e no Correio da Manhã. «Tratou sim [a Rave] de gerar uma sucessão de notícias, difíceis de escrutinar, cirurgicamente dirigidas, numa acção que os políticos costumam definir por spin, eufemismo de manipulação», diz JMF.

Se a substância é a mesma (ou mesmo menor), apenas muda o protagonista que a enuncia; será uma questão de credibilidade (institucional) do protagonista ou de distracção das redacções?

ACT a 13/11: Um comentário a este texto, independentemente do tom usado a que o anonimato não será alheio, suscita uma questão que merecia ser desenvolvida. Diz o leitor que «O que JMF faz é uma canalhice, uma falha deontológica grave. Eu, por exemplo, que sou fonte, ao Público é que nunca dou nem mais uma. A denúncia das fontes ou a revelação do mecanismo da notícia devem ser guardadas para casos-limite».
JMF já respondeu: «Um esclarecimento não anónimo: não há nenhuma fonte denunciada, pois todas as fontes dos vários artigos (Público, Expresso e Correio da Manhã) estão bem identificadas. E os macanismos do embargo são, por regra, transparentes. Pelo menos deviam ser.O que seria uma falha grave, apesar de corrente, seria combinar com a fonte o destaque a dar a uma notícia (...) Já perdemos muitas por não aceitarmos "negócios" desse tipo»
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.