Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, setembro 25, 2005

O Expresso em voo rasante

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Eu e os debates

Três notas prévias.
- o debate, com mais de duas pessoas, na rádio é um formato pouco "amigável". Pouco radiofónico, pelos perigos que encerra.
- por causa disso, tem sido um dos assuntos que mais me tem interessado ao longo dos 20 anos que levo a trabalhar na rádio;
- o texto que se segue pode ser interpretado como um exemplo de falta de modéstia. Não é esse o objectivo. Apenas partilhar com eventuais interessados ou suscitar alguma discussão, até porque a campanha começa agora:


Tenho estado a fazer, na TSF, vários debates autárquicos. Já fiz com dois, três, quatro e cinco candidatos - quantos mais, tendencialmente pior. Em directo ou gravado para transmissão na íntegra (é, basicamente, a mesma coisa).
Eis algumas regras de que não abdico:
- sensibilizo os candidatos para evitarem interrupções (embora possam fazer observações curtas) sobretudo quando se sobrepõem vozes - a lógica do debate resulta do confronto de opiniões/soluções, sobretudo se elas são diferentes ou alternativas, e não da "peixeirada";
- depois de cada pergunta permito o direito a replicar (as tais interrupções são organizadas e entram por alguma ordem) numa proporção de tempo que me pareça justa (não podemos ficar o dia todo naquilo, mas se o tema for relevante também não faz sentido avançar sem o esclarecer);
- só faço perguntas que possam ser respondidas por todos (a mesma pergunta);
- faço um controlo remoto dos tempos, com ajuda externa, para auxílio próprio e para esclarecer algum candidato mais ansioso;
- faço uma gestão equilibrada dos tempos entre candidatos, excepto se algum deles se recandidatar e for o alvo das críticas dos outros (terá mais tempo, embora não proporcional, como é evidente);
- se as coisas aquecem de mais, aviso que cortarei o microfone. E se elas se descontrolarem (já não basta dois ou três candidatos a berrarem, ainda há o jornalista a tentar pôr ordem ou a implorar...), corto mesmo; sim, admito que isso é uma atitude radical e que pode ser áspera mas se os candidatos não respeitam os seus próprios eleitores, ao menos que se pense na generalidade dos ouvintes;
- tento identificar cada intervenção (ou mesmo interrupção, se for possível), para que os ouvintes saibam quem está a falar (da mesma forma que, se há uma polémica que não conheço ou uma rua que é trazida à discussão, peço para contextualizarem o caso);
- não deixo as intervenções prosseguirem se há uma repetição de argumentos, "ajustes de contas" antigos recuperados sem contexto, ou intervenções demasiado longas;
- não gosto de sorteios de perguntas nem muito menos aceito dar tempo de antena para dizerem o que quiserem (no princípio, meio ou fim) - tirando debates de grande dramatismo, sobretudo frente-a-frentes, ser o último ou o primeiro a falar é irrelevante, penso;
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