Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, outubro 16, 2006

Águas pouco claras...

O provedor do Público fala ontem de um caso que continua a não estar muito bem explicado: a confusão entre patrocínio e reportagem num assunto que não interessa nem ao menino jesus...

«“Depois de ter lido uma série de jornais ‘PÚBLICO’ seguidos, reparei que durante a realização da Volvo Ocean Race 2005 — 2006 que quase sempre que existia uma notícia sobre esta competição existia na mesma página uma publicidade à Volvo (que não se verificava nos outros dias). Não conhecendo o que diz o ‘Livro de Estilo’ do PÚBLICO face a esta perigosa ligação entre publicidade e jornalismo (perigosa pois colocam-se múltiplas questões: haveria notícia se não existisse publicidade? Será ético aceitá-la?) gostava de saber a sua posição face à mesma, e, antes ainda, se a questão é pertinente.Devo acrescentar que se for necessário, poderei indicar-lhe múltiplas datas em que tal acontece, ou, se preferir, um intervalo temporal em que este facto acontece continuadamente”, indaga Frederico Silva»

Para mim o caso é antigo. E as explicações continuam sem me satisfazerem. Penso mesmo que o provedor podia investigar melhor o caso («Excluo, por outro lado, a hipótese de a publicidade estar na origem da cobertura de um acontecimento. Como já escrevi, aqui, o jornalismo serve para informar. A publicidade e a propaganda comercial servem para convencer. A mistura destes géneros chama-se promiscuidade»)
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