Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, outubro 31, 2007

Respeito e poliglotice

Vejo duas explicações para o facto de sistematicamente, na rádio ou na televisão, os jornalistas entrevistarem os seus interlocutores espanhóis em castelhano (não apenas os espanhóis, mas é o mais recorrente):
- uma questão de auto-estima, que tem fama de ser baixa entre os portugueses, mas que no que diz respeito à poliglotice é uma espécie de atributo genético (ou seja, nós somos bons, os espanhóis são fraquinhos);
- uma questão de (alegado) respeito pelo entrevistado (ele não nos percebe se falarmos português, por isso falamos na sua língua);

Seja uma seja outra a explicação, parece-me mal: o nosso compromisso é com o ouvinte, com os ouvintes, é para eles que fazemos as entrevistas, não para os entrevistados. Hoje de manhã João Adelino Faria entrevistou num castelhano impecável um jornalista da SER, a propósito da sentença em Madrid. É certo que, em rodapé a cada resposta, o João fazia uma brevíssima tradução (meia duzia de palavras) mas não me parece que haja meio termo quando se trata de estabelecer uma regra: ou os ouvintes portugueses percebem tudo e não é preciso tradução ou não percebem e a tradução, o mais completa possível, é necessária, incluindo das perguntas!

PS - como se lê no (bom) livro de estilo da RTP, o castelhano é uma língua estrangeira.
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