Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, junho 12, 2005

Uma adivinha (fácil)

Como se chama o homem que há 20 anos dirige o mesmo jornal em Portugal, que tem entre os seus grandes feitos ter inventado um saco plástico jornalístico e considera (com razão...) que já todos receberam uma comenda no 10 de Junho menos ele (mas se lhe derem vai recusar)?
O director do Expresso é um caso verdadeiramente à parte na paisagem mediática portuguesa - pela longevidade, pela obra realizada, pela consideração que tem de si próprio.
Mas José António Saraiva também é um marginal: não se vê na televisão (paradigma da notoriedade nacional), não se lhe conhece quase nada para além do jornal (a não ser que escreve romances) e nem consta que seja dos mais influentes nos bastidores da política.
Independentemente de me parecer que o Expresso, ao fim de 20 anos, precisa de um novo director, é justo reconhecer que a figura é merecedora de atenção - e a entrevista que o próprio dá este sábado ao seu jornal (ao longo de 14 páginas) é prova disso. Recomendo-a, nem que seja pelo insólito. E apesar do pretexto noticioso ser fraco (um obscuro prémio, proposto por Pinto Balsemão, ganho em ESpanha), a entrevista é interessante - ainda que um pouco deslumbrada e menos combativa nas questões mais polémicas.
José António Saraiva é, no mínimo, um tipo interessante!

PS - Já que estou com a mão na massa: excelente edição da Única, com cinco trabalhos nos cinco países africanos de língua portuguesa. Um dossier brilhante, qualquer que seja a perspectiva de avaliação.
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