Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, abril 26, 2006

«Edição nacional fechada às 00.05h»

Embora desiludindo aqueles leitores que gostariam que eu abordasse assuntos de grande relevância, sinto uma atracção pelos pequenos pormenores. Gosto de descobrir um ou outro detalhe, mais do que enfileirar com os comentadores consagrados, que têm essa responsabilidade.

Um exemplo dessa vocação para o detalhe é este pormenor: o JN começou a incluir na primeira página, junto ao logotipo, a hora de fecho da edição (00.05h; 23.35h, etc).

Não será uma ideia original, mas é insólita - penso - a nível nacional; É uma forma do jornal dizer aos leitores que a partir dessa hora não inclui mais nenhuma notícia. E, nesse sentido, abrindo-se aos leitores, responsabilizando-se perante eles e permitindo mais escrutínio, isso é positivo.

Pena é que seja - no JN e na restante comunicação social - uma medida isolada.
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Imprimir as notícias de última hora

A proposta do El País de criar um jornal com as notícias de última hora acentua, do meu ponto de vista, a concorrência - até agora inimaginável - dos jornais (e da internet) face a uma das características essenciais da rádio: a notícia em cima da hora.
No mês passado escrevi este texto.
Cada vez estou mais certo disso mesmo!
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(ACT) O Expresso sai muito mal...

Depois de Cavaco Silva ter ignorado, ontem, as notas que o Expresso dizia que ele abordaria, com duas semanas de antecipação, o Expresso sai mal da história.

O caso é interessante porque este é um daqueles casos em que não há muitas fontes: como não acredito que tenha sido o Presidente, só pode ter sido um dos seus assessores. Algum deles enganou o Expresso?

Outra ilação a retirar: como dizia um jornalista com quem trabalhei, às notícias que envolvem a palavra «pode(m)»... pode sempre acontecer o contrário! Sobretudo se forem escritas com tanta antecedência - o Expresso tirou as ilações?

PS - sem grandes esperanças, procurei na página on line alguma explicação do jornal. Em vão. Curiosamente, nos comentários ao verdadeiro discurso, nenhum leitor cobra a falha ao Expresso!
O mesmo não se passa com este texto!

ACT a 27/4/06: Pacheco Pereira na Sábado de hoje (pág. 17) comenta o assunto com, genericamente, as mesmas reflexões. Uma diferença essencial: no pressuposto de que o jornal foi enganado por uma fonte de Belém, PP defende que o Expresso deveria denunciar a fonte. Eu não sou tão radical como por exemplo Joaquim Vieira, que entende que um jornalista nunca deve denunciar uma fonte porque a falha, em último caso é sempre sua, mas também não acho que seja razão para medida tão extrema. Aguardo, contudo, uma explicação, até porque, como diz PP, «o Expresso saiu da direcção anterior com uma crise de credibilidade das suas notícias de primeira página e precisa agora de reconquistar».
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