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quarta-feira, outubro 11, 2006

Expresso e Sol – vitória do Expresso (Única) no 4º combate (3-2)

Desta vez a análise é apenas sobre as revistas, Única e Tabú.
- A Tabu é uma revista estranha: é uma fusão de Única com a Caras (ou a Vip, já não sei...), que mistura temas muito sérios com o mais profundo tabloidismo. Não é só isso que me incomoda. Também a paginação (a arrumação dos assuntos por páginas) é estranha: começa com «Na casa de», que é uma coisa que a mim não me interessa nada e só muito à frente é que aparecem os temas que podem prender a atenção. Também não gosto do excesso de temas, assuntos, pequenos e grandes artigos da Tabu. Nesse sentido, a revista deve dar muito trabalho a fazer.
É tudo mau? Não, claro. Ana Sofia Fonseca só sabe fazer boas reportagens e a entrevista com Cesariny (por Vladimiro Nunes, de que nunca ouvi falar) é muito interessante - como é que não é a capa?
- A Única é uma revista mais equilibrada, mais lógica, mais direccionada, mais selectiva nas escolha. Os seus temas são mais originais (não tratados antes pela concorrência, como o sequestro de um português na Venezuela ou a Fábrica da Benetton, esta semana), a sua abordagem é mais completa, a arrumação é mais lógica e agradável.

Claro que a Tabu marca a a Única. Mas esta tem as crónicas absolutamente imperdíveis (como a desta semana) das viagens de Gonçalo Cadilhe (*), enquanto as viagens da Tabu são como muitas outras; Luís Filipe Borges marca o Comendador Marques de Correia (sem grandes ganhos), Carla Quevedo bate-se com Clara Ferreira Alves (e?) e Quitério tem a concorrência de Pedro d'Anunciação - mas não há uma mais-valia da Tabu em relação à sua irmã mais velha, só a repetição de ideias e fórmulas. A excepção, esta semana, foi a confissão de José António Saraiva sobre a saída do Expresso (na Tabu li com interesse esse texto e a entrevista com Cesariny).

Com este ponto para a Única (provavelmente a melhor revista em Portugal nesta altura), o Expresso desempata.

* Cadilhe também escreve na Tabu, sobre os livros da sua vida. Já se aperceberam?
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