Um paradoxo e um anacronismo
Tenho, nos últimos dias, ouvido a Rádio Portugal - interessam-me, por outras razões, as experiências radiofónicas na internet.
E o que ouvi deixou-me desiludido: a Rádio Portugal é uma emissora musical, com notícias de meia em meia hora (de 20 em 20 minutos?), a emitir na net e através de dois emissores de onda média.
E é aqui que está, primeiro, paradoxo e, depois, o anacronismo:
- a selecção musical, âncora importante naquela emissão, é para um público muito adulto (fado, música popular e ligeira e alguma pop, tudo em português ou por portugueses), misturando - como aconteceu hoje - «Ó tempo volta para trás» com Xutos e Pontapés. Mas, basicamente, a emissão destina-se a um público muito acima dos 45 anos. Esse público ouve a emissão na net? Não acredito. Programação de onda média e emissão na net, pelo menos por agora, não são compatíveis. Teria sido mais inteligente - parece-me - formatar a emissão com música adaptada ao público da net e esquecer a onda média (que já estava esquecida...);
- jornalisticamente, a emissão é pobre, apesar das notícias de meia em meia hora: não há directos, alguns noticiários parecem gravados (com jogos do europeu de sub21 a decorrer, por exemplo, a coisa é mais chocante), falta reportagem, falta actualização: a partir do momento em que TSF e Antena 1 transmitem as conferências de imprensa da selecção, a Rádio Portugal também teria de o fazer (os ouvintes que querem ouvir falar da selecção estão onde?);
O investimento não é grande, mas a Rádio Portugal custa dinheiro. E sem conteúdos apelativos vai ser difícil viabilizar a aposta.
PS - coisa boa nesta Rádio Portugal, o regresso de Fernando Neves, das 17h às 20h30, que tinha saudades de ouvir desde os tempos da animação na TSF!
E o que ouvi deixou-me desiludido: a Rádio Portugal é uma emissora musical, com notícias de meia em meia hora (de 20 em 20 minutos?), a emitir na net e através de dois emissores de onda média.
E é aqui que está, primeiro, paradoxo e, depois, o anacronismo:
- a selecção musical, âncora importante naquela emissão, é para um público muito adulto (fado, música popular e ligeira e alguma pop, tudo em português ou por portugueses), misturando - como aconteceu hoje - «Ó tempo volta para trás» com Xutos e Pontapés. Mas, basicamente, a emissão destina-se a um público muito acima dos 45 anos. Esse público ouve a emissão na net? Não acredito. Programação de onda média e emissão na net, pelo menos por agora, não são compatíveis. Teria sido mais inteligente - parece-me - formatar a emissão com música adaptada ao público da net e esquecer a onda média (que já estava esquecida...);
- jornalisticamente, a emissão é pobre, apesar das notícias de meia em meia hora: não há directos, alguns noticiários parecem gravados (com jogos do europeu de sub21 a decorrer, por exemplo, a coisa é mais chocante), falta reportagem, falta actualização: a partir do momento em que TSF e Antena 1 transmitem as conferências de imprensa da selecção, a Rádio Portugal também teria de o fazer (os ouvintes que querem ouvir falar da selecção estão onde?);
O investimento não é grande, mas a Rádio Portugal custa dinheiro. E sem conteúdos apelativos vai ser difícil viabilizar a aposta.
PS - coisa boa nesta Rádio Portugal, o regresso de Fernando Neves, das 17h às 20h30, que tinha saudades de ouvir desde os tempos da animação na TSF!
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