Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, dezembro 29, 2006

Duas críticas ao Público. Dos blogues

São os blogues que fazem hoje - mais provavelmente do que as próprias redacções* - a melhor análise dos média, sobretudo dos escritos (e aqui é, mais do que uma questão histórica, por uma questão de perenidade).

Não tenho a certeza se as redacções já o perceberam (ou se ainda continuam a ver fantasmas em tudo o que se escreve sobre o seu trabalho), mas parece-me que mais cedo ou mais tarde acabarão por ser confrontadas com uma inevitabilidade: os seus leitores não se limitam à dialéctica do comprar-ou-não comprar. Intervém, participam, fazem opinião. Adeus tranquilidade das cartas ao director...

Vem isto a propósito de dois textos recentes no Público.

1) Sobre um texto com alegadas contestações aos valores e símbolos do Natal (17/12/06), estão aqui diversos comentários e opiniões. Todos muito críticos para o texto em causa, acusando-o de vários erros.

2) Sobre um caso envolvendo a adopção de uma criança (com texto de opinião da jornalista que fez o destaque de duas páginas a 27/12/06), criança essa que, por decisão do tribunal, será entregue ao pai biológico, depois de quase quatro anos com pais adoptivos), há um dado fundamental, que é como que ignorado e que faria toda a diferença: a criança não foi adoptada à luz da lei em vigor, mas dada pela mãe directamente a um casal que a quis receber. Ou seja, uma adopção não reconhecida pela Segurança Social e pelo Estado português. Por que é que esse ângulo não foi explorado no artigo?

* O jornalismo discute-se nas redacções, mas quanto mais instaladas estão as redacções, menos se critica (porque se evitam chatices, porque o autor é amigo ou inimigo, porque parece que é perseguição, etc.).
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