No DN "
fonte próxima de Sócrates" confirma um encontro com Kofi Annan em Lisboa; no Público "
o secretário-geral das Nações Unidas estará em Lisboa no dia 13 para se encontrar com o Presidente da República, estando também previsto um encontro a sós com o recém-empossado primeiro-ministro, José Sócrates".
Neste cenário, se
o desmentido do portavoz do MNE tem algum sentido (desmente porque não sabe e deveria saber porque ainda é ministro...), como entender o desmentido de Belém (noticiado há instantes pela TSF)?
Annan vem encontrar-se com o Presidente mas Jorge Sampaio não sabe?Enganar(-se) um jornal é relativamente fácil, mas dois?!
Uma
estória para acompanhar (embora me pareça que a fonte socrática é a chave do problema)...
ACTUALIZAÇÃO (1) a 9/3 - no Clube de Jornalistas: "
Ambos os jornais dão conta do desmentido nas respectivas edições «on line», mas dos autores das notícias não se leu, até agora, nem uma palavra"
ACTUALIZAÇÃO (2) a 9/3 - O que dizem os jornais de hoje?
O DN explica que "
a impossibilidade de o secretário-geral da ONU estar em Lisboa mais do que umas horas durante a tarde e a noite de sábado inviabilizou (...) no final da semana passada (...) a concretização das audiências previstas";
O Público: "
Face aos desmentidos, o PÚBLICO apenas pode confirmar que a visita esteve a ser preparada e chegou a estar agendada".
Já o Diário Económico explica que "
nem no gabinete do secretário-geral da ONU nem na representação diplomática de Portugal nas Nações Unidas chegou a ser equacionada uma viagem a Portugal nesta altura. Em Belém também nada se sabia".
Ilações a tirar:
- se houve alguma coisa de facto, quando escreveram já estava ultrapassada (como é que não o confirmaram? Aparentemente os que desmentiram ontem teriam feito o mesmo na véspera);
- com dois jornais a noticiarem o mesmo, a fonte só pode ser a mesma;
- parece certo que a fonte enganou os jornalistas; ou os jornalistas é que se deixaram enganar?;
- este caso é insólito porque envolve dois jornais em simultâneo e agrava a ideia de que o jornalismo saiu mal deste caso;