Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com


Peço o favor de actualizarem as vossas bookmarks e eventuais links. e de continuarem a ler e a comentar na nova morada.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Uma questão curiosa

esta, posta por um leitor deste espaço, e que reproduzo:

«(...) gostava de saber a sua opinião sobre este caso passado na sua TSF, no noticiário das 18 horas de hoje. Estando a entrevistar o presidente da câmara de Porto de Moz, por causa de um incêndio, o seu colega João Pedro [Paulo] Baltasar pediu ao dito presidente, em directo, se este lhe podia passar o telefone ao ministro António Costa que se encontrava por perto. Ao que o presidente respondeu não estar isso ao seu alcance já que o dito senhor ministro tinha recusado falar a outros jornalistas. Isto passou-se com a conversação em directo e eu pergunto se esta práctica está de acordo com os trâmites da profissão. Ainda por cima, numa rádio com a responsabilidade da vossa, que muito prezo. Gostava de ter a sua opinião esclarecida. Muito obrigado.Carlos Alberto Ramos»

Partindo do pressuposto de que as coisas se passaram assim (e eu não ouvi) devo dizer que não percebo a perplexidade do leitor: o editor em causa tentou esse contacto, certamente por não ter sido possível antes combiná-lo de uma forma mais planeada, mas sem violar qualquer «trâmite» deontológico. Ninguém, mais do que o editor em causa, terá lamentado o resultado dessa tentativa, mas não havendo outra possibilidade, importa tentá-la (eu teria feito o mesmo). Quanto à questão do ministro ter recusado falar com outros jornalistas antes: um jornalista deve sempre tentar a pergunta; as respostas é que podem ser recusadas...
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.

ACT A diferença entre ter (e cumprir!)

um código deontológico.
Um jornalista não faria uma coisa destas...

(obrigado Nuno)

ACT a 15/8/06: João Alferes Gonçalves no Clube de Jornalistas on line: «Um jornalista não o faria, mas existe uma carteira profissional atribuída a alguém com o mesmo nome, o que permite concluir que há por aí mais um encartado injustamente acusado de ser jornalista, como costuma dizer o Baptista-Bastos. Depois das declarações reproduzidas em "O Jogo", quem é que faz o primeiro movimento – o Conselho Deontológico ou a Comissão da Carteira?»
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.