Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, abril 03, 2006

(ACT x2) Os blogues, as fontes e um caso em concreto

(ACT a 4/4/06: chamo a atenção para a qualidade dos comentários)

A crónica desta semana de Rui Araújo remete para algumas questões, algumas delas bem preocupantes para o Público (embora - que fique claro - eu ache que um caso como aquele merece/deve ser noticiado). Em concreto, interessa-me a questão das fontes de informação e a revolução que a blogosfera está a trazer.
A informação - que se saiba - chegou primeiro no dia 17 de Março. Três dias depois, foi reforçada e citada aqui.
No dia 28 o Público contou a história. Mas sem fazer qualquer citação, a não ser do próprio Diário da República. À primeira vista parece que a jornalista do Público falhou, porque deveria ter referenciado a primeira citação (ainda que seja um blogue anónimo e isso pode não ser irrelevante, não é AG?). Mas e se ela não viu?
Antes, era relativamente fácil controlar as várias fontes - não eram tantas como isso. Agora é impossível. Há o Google, há o Technorati, mas não são suficientes para ter uma visão global do que se diz (já nem há «visão global»...).

(ACT a /4/06: A mesma notícia foi publicada no Correio da Manhã de 17 de Março: «Sobrinho vai secretariar o tio juiz no Supremo»; é o 24 Horas que o conta, falando em «coincidência incrível!»)
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Ainda (e sempre) os estagiários

O Sindicato dos Jornalistas descobriu que, um ano depois de ter assinado um protocolo com a Confederação de Meios, para evitar a utilização de estudantes de jornalismo substitutos de jornalistas, nada aconteceu. E volta a denunciar o problema.

A Inspecção Geral do Trabalho até pode aplicar algumas multas - não será difícil encontrar casos de estudantes a fazer de jornalistas - mas o problema não se resolve enquanto:
1) Não se definir o que é um estágio curricular (pós-curricular?) numa redacção;
2) Não ficar claro se podem ou não assinar textos/peças ou se o seu trabalho é apenas para avaliação/consumo interno;
3) Não houver uma prática consensual sobre o pagamento (ou não) dos estagiários;
4) As faculdades, institutos e escolas se continuarem a demitir das suas responsabilidades, muito mais quando esses estágios se realizam durante o plano curricular e os alunos pagam propinas (que belo negócio: os alunos pagam mas nem vão à escola...);

Enquanto isto não for claro para todos (para a maioria), cada um continuará a fazer o que bem entender...
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