Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, janeiro 13, 2006

Crime e castigo

A maior parte dos órgãos de comunicação social parece estar a redimir-se da segregação feita a Garcia Pereira durante a pré-campanha, compensando-o agora com a mesma atenção dada aos restantes candidatos (em muitos casos, um jornalista por candidato).
Acontece que, como é claro nesta altura, Garcia Pereira não tem nem programa de campanha nem dinâmica que justifiquem essa afectação de meios (restam as suas divertidas afirmações). Contudo, o espaço (em tempo ou caracteres) de cada rádio, televisão ou jornal está como que reservado prévia e administrativamente: o mesmo espaço dado a candidaturas que têm programas preenchidos, uma dinâmica evidente, capacidade de criar factos.
Houvesse uma avaliação jornalística mais fria (mais... jornalística!) e Garcia Pereira estaria a ter muito menos espaço do que aquele que tem conseguido. Qual é a explicação? É o castigo depois do crime!

PS - antes que apareçam alguns comentários mais inflamados, este não pretende ser um comentário político!
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Sobre os estagiários

O artigo de José Vítor Malheiros (terça, 10/1/06) suscita uma série de questões muito importantes ("a designação de "estágio curricular" ter sido indevidamente apropriada por muitas empresas, que a utilizam apenas como uma ténue cobertura legal para explorar gratuitamente a mão-de-obra de recém-licenciados").
Algumas das propostas que apresenta não serão concretizáveis (apesar de bem intencionadas), como "obrigar as empresas que pretendem acolher estagiários a uma certificação, que exigiria o cumprimento de certos requisitos, e publicar a lista de empresas assim credenciadas", mas outras são muito pertinentes: contra a perpetuação de estágios curriculares, é preciso aumentar a fiscalização às empresas prevaricadoras*.

E - JVM não refere - faz falta maior intervenção do Sindicato dos Jornalistas sobre esta questão. Aliás, é impressão minha ou o Sindicato desapareceu de circulação nos últimos meses, para a além das questões obrigatórias?

* Já uma vez aqui escrevi: não há uma verdadeira entidade patronal, como parceiro social, do sector dos media, uma associação interveniente e activa, que, representando os principais grupos, pudesse negociar/impor alguns comportamentos
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